domingo, dezembro 31, 2006

Bom Ano de 2007













E acho que está tudo dito....


Desejo a todos boas saídas deste ano que está a acabar e ainda melhores entradas no novo ano.


Que este seja um ano cheio de sucessos para vocês, porque para mim será de certeza... ;)


Deixo-vos então com um último pensamento de fim de ano. Vemo-nos em 2007!!!



domingo, dezembro 24, 2006

Merry Christmas Everyone!!!!




Como não podia deixar de ser nesta altura do ano, este post é apenas para vos desejar a todos um Natal muito feliz, com muitas prendinhas e docinhos e yada, yada, yada...

Espero que vocês se tenham lembrado da minha prendinha (isto sim, é a parte importante!!!!), porque para eu também receber muitas prendinhas, alguém tem que mas dar...

Espero também que tenham feito doces de jeito, que estas doçarias de Natal não caem muito no meu gosto...

É só mesmo o leite-creme e uma rabanada ou duas, mas tirando isso, dispenso tudo o resto.

Mas vocês aproveitem! Aproveitem as vossas prendinhas e os vossos docinhos, porque isto de Natal não dura todo o ano e, definitivamente, não é quando o homem (ou a mulher, na perspectiva feminista) quer...

Feliz Natal!

domingo, dezembro 10, 2006

Do you speak english?


Bom, eu dou uns toquezitos em inglês, mas ainda assim manter uma conversa em inglês, com alguém que realmente fale mesmo inglês, não é lá muito fácil...
Falta-me o vocabulário...

Uma coisa é conseguir dizer meia dúzia de frases que façam sentido, outra coisa é manter uma conversa, seja lá sobre o que fôr, sem estar sempre a pensar "Mas como é que se diz...?!".

Então, há uns tempos atrás, decidi eu que devia começar a praticar mais um bocadinho o meu inglês.
E como não tenho oportunidade de o praticar com outras pessoas...

Comecei a ver filmes, DVDs, em inglês e sem legendas. Ou então, com legendas também em inglês, que sempre ajuda um bocadinho quando não se consegue perceber o que os actores disseram.

E até me vou desenrascando benzinho... não tem corrido mal.

Bem, e agora deu-me para quê?!

Para começar a ler livros em inglês!
Mas nada de livros técnicos, porque esses acabam por ser fáceis, porque os termos que nós melhor conhecemos são mesmo os termos técnicos (quando digo nós, refiro-me à maravilhosa classe dos informáticos!!!).

O que eu comecei a ler foram livros, livros mesmo... livros com histórias.

E qual é o melhor livro para começar?????

Ora, nada mais, nada menos, do que... como não podia deixar de ser... a resposta até é bastante óbvia... (o Tó Zé se lesse isto já me ia insultar)... o...

Harry Potter!

Claro!

E pronto, e lá fui eu gastar (nem digo quanto...) a comprar todos os livros do Harry Potter, em inglês...

Ok, eu tenho que admitir, que sempre tive um bocado a paranóia de que havia de comprar os Harry Potters em inglês, para poder ler a história mesmo original.
Porque, de certeza, que há coisas que se perdem na tradução para português.
Ler o original, ler da maneira como ele foi mesmo escrito, é completamente diferente.

E então, lá ando eu, com o meu Harry Potter and The Philosopher's Stone (digam lá se assim não tem mais estilo, hã?!) e, como não podia deixar de ser, o dicionário de Inglês-Português atrás...

Sim, porque, digo-vos já, que isto não é nada fácil!
Sem experimentar, acho que ninguém tem bem a noção do que isto é...

Agora sim, sinto-me completamente ignorante em relação a vocabulário inglês... não há uma única página em que eu não tenha que ir ao dicionário ver significado de sei lá quantas palavras...

Ou seja, comecei a ler o livro há quase uma semana e ainda só vou na página 71... :(
É que isto agora demora tempo...

Bem, mas eu sou persistente e vou continuar a ler o meu Harry Potter até ao fim.
Até porque ainda tenho mais cinco Harry Potters em inglês para ler...

domingo, dezembro 03, 2006


"Ao outro dia, quase chegando a noite, Manuel Gasparim ouve vozes que parecem vir dos quartos ao fundo do corredor. Põe os ouvidos à escuta e percebe, distintamente, as vozes de um homem e de uma mulher. Grita, quem está aí? Várias vezes, muitas vezes, as ninguém lhe responde, e apenas ouve o eco que agora se junta às outras duas vozes. Não compreende aquilo que dizem. Parece que falam uma outra língua ou que inventaram uma linguagem que só eles entendem. São palavras sem nexo, sem significado. Palavras ditas ao acaso. Pensa: talvez estejam a dizer absurdos, como, por exemplo, gosto o e céu vai a casa; amanhã está o rio da rua; ou está bem o dia, mas quero solidão o livro. Palavras que nada dizem a quem as escuta. Avança pé ante pé, muito levemente, apenas se ouvem as tábuas do soalho rangendo, apenas um gemido, mas que o imcomoda. Descalça-se e caminha sobre o silêncio dos seus pés. Pensa: parece coisa do demónio o linguarejar que vem dos quartos. Bate à porta e as vozes continuam, indiferentes à batida, como se apenas ele as ouvisse e só fossem vozes na sua cabeça. Sente-se descer ao abismo que se abre dentro de si, onde está a loucura. Descer ao inferno. Entrar dentro da sombra que caminha a seu lado, olhar a luz da tarde que trespassa a janela do fundo do corredor e projecta a sua sombra, e ele dentro da sombra, como se deixasse de ter espessura, de existir, e fosse apenas a sua sombra. Abre a porta e nem assim as vozes se calam. Sente um arrepio que lhe sobe pelas costas até à cabeça e aí fica, a paralisá-lo de medo. A conversa continua, indiferente à sua presença. Grita qualquer coisa para assustar o medo. Olha para todos os lados, espreita em todos os lugares, escuta todos os sons; e não vê ninguém, não encontra ninguém. Está só no quarto e a conversa continua como se ele não estivesse ali, ou as vozes nascessem das paredes. Vozes sem corpo, sem cabeça, sem boca. Sai do quarto às arrecuas, fecha a porta e corre até ao fundo do corredor. Quando aí chega, deixa de ouvir a conversa. A casa cai no silêncio. E no silêncio apenas se ouve a respiração da casa. Senta-se à escuta e pensa: será que não foi tudo um sonho, uma alucinação? Tem medo de enlouquecer. Medo de si. Sente o medo à sua volta, insidiosoa envolvê-lo, a querer entrar. Uma cara cinzenta, quase verde. Um olho aberto e branco, e outro fechado e fundo. Senta-se numa cadeira, põe as mãos na cara e chora. Chora como choram as crianças."


Joaquim Mestre in O Perfumista

domingo, novembro 26, 2006

Violent Femmes em concerto


Bom, na quarta-feira passada lá consegui arrastar alguém para ir ver o concerto dos Violent Femmes comigo.

E bem que valeu a pena!!! Mesmo para os outros que foram arrastados... obrigada pela companhia!

Eu nunca os tinha visto ao vivo. E não sou muito de ir ver concertos de bandas que já tocam há quase tantos anos como aqueles que eu tenho de vida... a não ser que sejam os Xutos! ;)

Tenho sempre a ideia que vou ver os gajos velhos e acabados e que vai acabar por ser uma desilusão, porque o concerto não vai ser bem aquilo que eu estava à espera.

Mas tenho que admitir que este concerto foi uma surpresa!

Os gajos estão ainda em grande forma! Muito boa disposição e muita alegria em palco, e no público também... e muito, muito boa música...

Valeu mesmo a pena!

Eu costumo actualizar a música do site todas as semanas, mas desta vez, não a vou actualizar.Fica mais uma semana em homenagem ao grande concerto de quarta.

E cá fica a prova de que eu lá estive:




Enjoy the music!!!




domingo, novembro 12, 2006

Fácil de Entender


Talvez por não saber falar de cor, imaginei.
Talvez por não saber o que será melhor, aproximei.
"O meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós".
Sei lá eu o que queres dizer...
Despedir-me de ti, adeus um dia voltarei a ser feliz...
Talvez por não saber falar de cor, aproximei...
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer.
Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou...
E se ao menos tudo fosse igual a ti.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor, já não sei se sei o que é sentir.
Se por falar falei, pensei que se falasse era fácil de entender...
É o amor que chega ao fim, um final assim assim é mais fácil de entender...


Nuno Gonçalves (The Gift)

domingo, novembro 05, 2006

Hoje estou sem ideias


... o que por um lado é bom, porque pelo menos não chateio ninguém com as minhas ideias malucas e meio depressivas...
Por outro lado, nem por isso, porque realmente não tenho qualquer tipo de assunto para falar hoje...


Ora bem, vamos falar de... vamos falar de... humm... qualquer coisa mais alegre do que as outras vezes... qualquer coisa mais positiva...

Vamos falar de autoconfiança! Que é uma coisa que falta a muita gente... (e lá vem o espírito negativo outra vez...)


Toda a gente precisa de autoconfiança.
Não quero com isto dizer que as pessoas devam ser convencidas ou andar por ai a pensar que são superiores às outras.
Para mim, autoconfiança é a capacidade que uma pessoa tem de acreditar nela própria e acreditar que é capaz de conseguir aquilo que quer.


Eu sou uma pessoa com autoconfiança. Ou pelo menos tento ser...

Eu acredito em mim própria (alguém tem que acreditar...).
Eu acredito que sou capaz de acançar os meus objectivos (o truque aqui é definir objectivos sempre alcançáveis... ;) ).
E eu acredito que só dependo de mim própria para isso.

O facto de acreditar que o meu "destino" só depende de mim própria e que eu consigo fazer dele o que quiser, faz com que eu tenha força para lutar por aquilo que quero e para tentar ir sempre mais longe e nunca me contentar com pouco.

O meu futuro depende de im própria.
E mesmo quando as coisas correm mal, é só pensar que tenho o "poder" de as mudar e fazer por isso...
Não quer dizer que deixem de correr mal, mas pelo menos não me deixo ir abaixo com isso porque só depende de mim mudar o que está a correr mal e se eu me deixar ir abaixo, não vou conseguir mudar nada, certo?

Por esta altura, já deve estar por aí uma data de gente a pensar: "Bem... esta gaja é um bocadinho para o convencida...", mas olhem que não!

O facto de eu acreditar em mim própria não significa que me ache melhor do que os outros.
No entanto, um bocadinho de egoísmo, desde que dentro de certos limites, não faz mal a ninguém. Antes pelo contrário.

Aquele tipo de pessoa, sempre muito simpática, sempre muito prestável, sempre a pensar nos outros, só acaba por se dar mal...
As outras pessoas acabam sempre por abusar e por se aproveitar de pessoas deste género.

Há que pensar em nós próprios, primeiro que tudo. E há que ser um bocadinho egoísta para o conseguirmos fazer.
Há que acreditar em nós e há que lutar por aquilo que nós queremos.
Há que sermos os primeiros na nossa lista de prioridades.
Há que pensarmos sempre que podemos ser melhores e pôr sempre a fasquia cada vez mais alta.


Se eu não acreditar em mim, quem vai acreditar?

domingo, outubro 29, 2006

Estranho


Todas as pessoas são diferentes umas das outras.
Cada uma tem a sua maneira de ser e de agir.

No entanto, quando olho para as outras pessoas tenho sempre tendência a achar que elas são como eu.
Que pensam como eu, que têm as mesmas reacções que eu.

E isso faz com que eu tenha determinadas expectativas em relação a elas, que na maioria dos casos nunca são atingidas...
Isto porque eu exigo muito de mim própria e, no fundo, acabo por também exigir muito dos outros.

Ponho sempre as pessoas num patamar muito elevado e são raras aquelas que realmente conseguem corresponder ao nível em que eu as ponho.

Ou seja, as outras pessoas tendem a ser uma constante desilusão para mim... não por culpa delas... cada um é como é...
A culpa acaba por ser minha, porque espero demasiado delas.

E a parte estúpida de tudo isto, é que eu já devia saber que é assim que funciona e já não devia ter expectativas em relação aos outros.
E na maior parte dos casos é assim. Mas...

... mas de vez em quando aparece alguém, que parece diferente dos restantes, que se parece mais comigo.

E nessas alturas, eu volto a acreditar que essa pessoa pode corresponder às minhas expectativas e pode "cumprir" aquilo que eu espero dela... e, normalmente, volto a enganar-me... é simplesmente mais uma desilusão...

Não sei... provavelmente sou eu que tenho os meus padrões de exigência muito elevados...

Eu bem sei que não é muito fácil lidar comigo e muito menos compreender-me... mas também não tenho uma maneira de pensar assim tão esquisita quanto isso!

Alguém me disse um destes dias que eu sou uma pessoa estranha.
Já me tinham chamado muita coisa antes, mas estranha nunca foi uma delas...
Mas pensando bem no caso, até é uma definição adequada... e além disso, eu acho piada! ;)

E, sendo assim, acho que vou esperar que apareça alguma mente estranha parecida com a minha.
Só mesmo alguém estranho como eu é vai conseguir estar ao nível de "estranhez" que eu espero das pessoas...

domingo, outubro 22, 2006

Lei da Rotatividade


Eu tento não me afeiçoar demasiado às pessoas. Porque elas entram na nossa vida, fazem parte dela e depois desaparecem...

Conhecemos alguém, começamos a ter contacto com essa pessoa, a conhecer essa pessoa. Ela passa a fazer parte do nosso dia a dia.

Começa por ser apenas um conhecido, um colega... depois passa a ser um amigo, alguém que está lá para nós e que nos faz companhia...
E nós afeiçoamo-nos a essa pessoa. Gostamos dela, da companhia dela, habituamo-nos a ela....

E eis senão quando ela desaparece... E todas elas desaparecem!

Deve haver um qualquer sistema de rotatividade entre os conhecidos e amigos, porque estamos sempre a fazer novos amigos e a "deixar" amigos antigos.
E todos nós fazemos isso. É tipo uma lei da Natureza.

Mas por um lado esta rotatividade é óptima!
Pessoas novas, com mentes frescas, que não conhecem os pressupostos pelos quais nós nos regemos a nós próprios.
Pessoas que não conhecem os nossos problemas e não os vivem connosco e que, por isso, nos conseguem fazer esquecê-los, nos conseguem fazer relaxar, esvaziar a cabeça e encarar as coisas de outra maneira.

E estas pessoas fazem-nos tão bem que nós nos afeiçoamos a elas. E depois, quando chega a altura de irem embora... não é fácil!

Mas nós sabemos que, pela "Lei da Rotatividade", novas pessoas virão. Novos conhecidos, novos amigos, novas mentes frescas, que nos farão esquecer as anteriores...

Mas enquanto não chegam, restam-nos as saudades dos que estão de saída... resta-nos agradecer o tempo em que foram nossos amigos... resta-nos desejar que encontrem novos amigos, bons amigos...

Por isso, é que eu tento não me afeiçoar demasiado às pessoas. Porque elas entram na nossa vida, fazem parte dela e depois desaparecem...

domingo, outubro 15, 2006

Pensamento da Semana


Monotonizar a existência, para que ela não seja monótona.

Tornar anódino o quotidiano, para que a mais pequena coisa seja uma distracção.

No meio do meu trabalho de todos os dias, baço, igual e inútil, surgem-me visões de fuga, vestígios sonhados de ilhas longínquas, festas em áleas de parques de outras eras, outras paisagens, outros sentimentos, outro eu.

Mas reconheço, entre dois lançamentos, que se tivesse tudo isso, nada disso seria meu.

Mais vale, na verdade, o patrão Vasques que os Reis do Sonho; mais vale, na verdade, o escritório da Rua dos Douradores do que as grandes áleas dos parques impossíveis.

Tendo o patrão Vasques, posso gozar a visão interior das paisagens que não existem.

Mas se tivesse os Reis do Sonho, que me ficaria para sonhar?

Se tivesse as paisagens impossíveis, que me restaria de possível ? (...)

Posso imaginar-me tudo, porque não sou nada.

Se fosse alguma coisa, não poderia imaginar.

O ajudante de guarda-livros pode sonhar-se imperador romano; o Rei de Inglaterra não o pode fazer, porque o Rei de Inglaterra está privado de o ser, em sonhos, outro rei que não o rei que é.

A sua realidade não o deixa sentir.


Fernando Pessoa, in 'Livro do Desassossego'

domingo, outubro 08, 2006

Pensamento da Semana


Admiro os viciados.

Num mundo em que está toda a gente à espera de uma catástrofe total e aleatória ou de uma doença súbita qualquer, o viciado tem o conforto de saber aquilo que quase de certeza estará à sua espera ao virar da esquina.

Adquiriu algum controlo sobre o seu destino final e o vício faz com que a causa da sua morte não seja uma completa surpresa.

De certo modo, ser um viciado é uma coisa bastante proactivista.

Um bom vício retira à morte a suposição.

Existe mesmo uma coisa que é planear a tua fuga.


Chuck Palahniuk, in 'Asfixia'

domingo, outubro 01, 2006

Pensamento da Semana


Não é preciso proibir aquilo a que nenhuma alma humana aspira.

É precisamente o modo como está formulada a proibição: «Não matarás», que é de molde a dar-nos a certeza de descendermos de uma série infinitamente longa de gerações de assassinos, que possuíam no sangue, talvez como nós próprios, a paixão de matar.


Sigmund Freud, in 'As Palavras de Freud'

domingo, setembro 24, 2006

Pensamento da Semana


O mundo é de quem não sente.

A condição essencial para se ser um homem prático é a ausência de sensibilidade.

A qualidade principal na prática da vida é aquela qualidade que conduz à acção, isto é, a vontade.

Ora há duas coisas que estorvam a acção - a sensibilidade e o pensamento analítico, que não é, afinal, mais que o pensamento com sensibilidade.

Toda a acção é, por sua natureza, a projecção da personalidade sobre o mundo externo, e como o mundo externo é em grande e principal parte composto por entes humanos, segue que essa projecção da personalidade é essencialmente o atravessarmo-nos no caminho alheio, o estorvar, ferir e esmagar os outros, conforme o nosso modo de agir.

Para agir é, pois, preciso que nos não figuremos com facilidade as personalidades alheias, as suas dores e alegrias.

Quem simpatiza pára.

O homem de acção considera o mundo externo como composto exclusivamente de matéria inerte - ou inerte em si mesma, como uma pedra sobre que passa ou que afasta do caminho; ou inerte como um ente humano que, porque não lhe pôde resistir, tanto faz que fosse homem como pedra, pois, como à pedra, ou se afastou ou se passou por cima.


Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego'

domingo, setembro 17, 2006

Pensamento da Semana


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo.

E que posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...


Fernando Pessoa

domingo, setembro 10, 2006

Pensamento da Semana


Damos festas, abandonamos as nossas famílias para vivermos sós no Canadá, batalhamos para escrever livros que não mudam o mundo apesar das nossas dádivas e dos nossos imensos esforços, das nossas absurdas esperanças.

Vivemos as nossas vidas, fazemos seja o que for que fazemos e depois dormimos: é tão simples e tão normal como isso.

Alguns atiram-se de janelas, ou afogam-se, ou tomam comprimidos; um número maior morre por acidente, e a maioria, a imensa maioria é lentamente devorada por alguma doença ou, com muita sorte, pelo próprio tempo.

Há apenas uma consolação: uma hora aqui ou ali em que as nossas vidas parecem, contra todas as probabilidades e expectativas, abrir-se de repente e dar-nos tudo quanto jamais imaginámos, embora todos, excepto as crianças (e talvez até elas), saibamos que a estas horas se seguirão inevitavelmente outras, muito mais negras e mais difíceis.

Mesmo assim, adoramos a cidade, a manhã, mesmo assim desejamos, acima de tudo, mais.


Michael Cunningham, in 'As Horas'

domingo, setembro 03, 2006

Pensamento da Semana


Acredito que se um homem vivesse a sua vida plenamente, desse forma a cada sentimento, expessão a cada pensamento, realidade a cada sonho, acredito que o mundo beneficiaria de um novo impulso de energia tão intenso que esqueceríamos todas as doenças da época medieval e regressaríamos ao ideal helénico, possivelmente até a algo mais depurado e mais rico do que o ideal helénico.

Mas o mais corajoso homem entre nós tem medo de si próprio.

A mutilação do selvagem sobrevive tragicamente na autonegação que nos corrompe a vida.

Somos castigados pelas nossas renúncias.

Cada impulso que tentamos estrangular germina no cérebro e envenena-nos.

O corpo peca uma vez, e acaba com o pecado, porque a acção é um modo de expurgação.

Nada mais permanece do que a lembrança de um prazer, ou o luxo de um remorso.

A única maneira de nos livrarmos de uma tentação é cedermos-lhe.

Se lhe resistirmos, a nossa alma adoece com o anseio das coisas que se proibiu, com o desejo daquilo que as suas monstruosas leis tornaram monstruoso e ilegal.

Já se disse que os grandes acontecimentos do mundo ocorrem no cérebro.

É também no cérebro, e apenas neste, que ocorrem os grandes pecados do mundo.


Oscar Wilde, in 'O Retrato de Dorian Gray'

domingo, agosto 27, 2006

Pensamento da Semana


Se o ciúme nasce do intenso amor, quem não sente ciúmes pela amada não é amante, ou ama de coração ligeiro, de modo que se sabe de amantes os quais, temendo que o seu amor se atenue, o alimentam procurando a todo o custo razões de ciúme.

Portanto o ciumento (que porém quer ou queria a amada casta e fiel) não quer nem pode pensá-la senão como digna de ciúme, e portanto culpada de traição, atiçando assim no sofrimento presente o prazer do amor ausente.

Até porque pensar em nós que possuímos a amada longe - bem sabendo que não é verdade - não nos pode tornar tão vivo o pensamento dela, do seu calor, dos seus rubores, do seu perfume, como o pensar que desses mesmos dons esteja afinal a gozar um Outro: enquanto da nossa ausência estamos seguros, da presença daquele inimigo estamos, se não certos, pelo menos não necessariamente inseguros.

O contacto amoroso, que o ciumento imagina, é o único modo em que pode representar-se com verosimilhança um conúbio de outrem que, se não indubitável, é pelo menos possível, enquanto o seu próprio é impossível.

Assim o ciumento não é capaz, nem tem vontade, de imaginar o oposto do que teme, aliás só pode obter o prazer ampliando a sua própria dor, e sofrer pelo ampliado prazer de que se sabe excluído.

Os prazeres do amor são males que se fazem desejar, onde coincidem a doçura e o martírio, e o amor é involuntária insânia, paraíso infernal e inferno celeste - em resumo, concórdia de ambicionados contrários, riso doloroso e friável diamante.


Umberto Eco, in 'A Ilha do Dia Antes'

domingo, agosto 20, 2006

Pensamento da Semana


O homem faz-se ou desfaz-se a si mesmo.

O homem controla as suas paixões, as suas emoções, o seu futuro.

Consegue-o canalizando os seus impulsos físicos para conseguir realizações espirituais.

Qualquer animal pode esbanjar a sua força realizando os impulsos físicos sempre que os sente.

Compete ao homem canalizá-los para fins mais produtivos que a satisfação dos impulsos.

Ninguém se tornou ilustre por fazer o que lhe apetecia.

Os homens insignificantes fazem o que querem - e tornam-se nuns Zés-Ninguém.

Os grandes submetem-se às leis que regem o sector em que são grandes.

O autodomínio é sempre recompensado com uma força que dá uma alegria interior inexprimível e silenciosa que se torna no tom dominante da vida.

O autodomínio é a qualidade que distingue os mais aptos para sobreviverem.

O mais importante atributo do homem como ser moral é a faculdade de autodomínio escreveu Herbert Spencer.

Nunca houve, nem pode haver, uma vida boa sem autodomínio; sem ele a vida é inconcebível.

A vitória mais importante e mais nobre do homem é a conquista de si mesmo.

Alfred Montapert, in "A Suprema Filosofia do Homem"

domingo, agosto 13, 2006

Pensamento da Semana


Antigamente todos os contos para crianças terminavam com a mesma frase, e foram felizes para sempre, isto depois de o Príncipe casar com a Princesa e de terem muitos filhos.

Na vida, é claro, nenhum enredo remata assim.

As Princesas casam com os guarda-costas, casam com os trapezistas, a vida continua, e os dois são infelizes até que se separam.

Anos mais tarde, como todos nós, morrem.

Só somos felizes, verdadeiramente felizes, quando é para sempre, mas só as crianças habitam esse tempo no qual todas as coisas duram para sempre.


José Eduardo Agualusa in 'O Vendedor de Passados'

sábado, agosto 05, 2006

Uma lição de Gestão Estratégica


Todos os dias, a formiga chegava cedinho à oficina e desatava a trabalhar.

Produzia e era feliz.

O gerente, o leão, estranhou que a formiga trabalhasse sem supervisão.

Se ela produzia tanto sem supervisão, não seria melhor supervisionada?

E contratou uma barata, que tinha muita experiência como supervisora e fazia belíssimos relatórios.

A primeira preocupação da barata foi a de estabelecer um horário para entrada e saída da formiga.

De seguida, a barata precisou de uma secretária para a ajudar a preparar os relatórios e contratou uma aranha que além do mais, organizava os arquivos e controlava as ligações telefónicas.

O leão ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com índices de produção e análise de tendências, que eram mostrados em reuniões específicas para o efeito.

Foi então que a barata comprou um computador e uma impressora laser e admitiu a mosca para gerir o departamento de informática.

A formiga de produtiva e feliz, passou a lamentar-se com todo aquele universo de papéis e reuniões que lhe consumiam o tempo!

O leão concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga operária, trabalhava.

O cargo foi dado a uma cigarra, cuja primeira medida foi comprar uma carpete e uma cadeira ortopédica para o seu gabinete.

A nova gestora, a cigarra, precisou ainda de computador e de uma assistente para ajudá-la na preparação de um plano estratégico de optimização do trabalho e no controlo do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se mostrava mais enfadada.

Foi nessa altura que a cigarra, convenceu o gerente, o leão, da necessidade de fazer um estudo climático do ambiente.

Ao considerar as disponibilidades, o leão deu-se conta de que a Unidade em que a formiga trabalhava já não rendia como antes; e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico e sugerisse soluções.

A coruja permaneceu três meses nos escritórios e fez um extenso relatório, em vários volumes que concluía : "Há muita gente nesta empresa".

Adivinhem quem o leão começou por despedir?

A formiga, claro, porque "andava muito desmotivada e aborrecida".

domingo, julho 30, 2006

Click!


Conhecem aquela sensação de click!?

Aquela sensação que parece que temos um interruptor dentro da nossa cabeça e que de vez em quando faz click!?

E no momento em que a nossa cabeça faz click!, tudo parece fazer sentido, tudo parece funcionar bem, tudo parece ser real e verdadeiro...

Parece que temos alguém dentro da nossa cabeça que de vez em quando desliga o interruptor e de repente, quando menos estamos à espera, click!, e faz-se luz!


O click! pode acontecer em várias situações:


- temos o click! de memória:

Acontece, por exemplo, quando nos tentamos lembrar de qualquer coisa, daquelas que estão "mesmo debaixo da língua" e não querem sair de lá e, de repente... click!... e lembramo-nos do que queríamos e de uma data de coisas mais.

Parece que o click! abre a porta do armário onde a informação está guardada.


- temos o click! de raciocínio (não é bem esta a palavra que eu queria, mas agora não me lembro de nenhuma melhor):

Este acontece quando estamos a tentar resolver um problema qualquer e não conseguimos encontrar a solução.

Somos capazes de estar horas e horas a olhar para a mesma coisa, a tentar desbloquear a cabeça para conseguirmos encontrar a maneira de resolver o problema e quando menos esperamos... click!... aparentemente a nossa cabeça consegue retomar o funcionamente normal e dar com a solução do problema, que normalmente é qualquer muito simples, que deveria ter sido a primeira coisa de que nos devíamos ter lembrado, mas ainda assim foi preciso ligar o interruptor antes de lá chegarmos.

E, claro, depois passamos mais não sei quantas horas a pensar: "Estúpida!!!! Como é que eu não me lembrei disto antes?! Uma coisa tão simples?! Estúpida!!!!"...

(Não querendo com isto insultar ninguém, de certeza que quem trabalha em informática, como eu, já passou por dezenas destes clicks! e dezenas de insultos a si próprio quando se descobre a solução... enfim, ossos do ofício!)


- e o terceiro tipo de click!:

E de certeza que esta situação já aconteceu a toda a gente...

Este click! acontece quando nós conhecemos uma pessoa, que podemos ter acabado de conhecer ou podemos conhecer há pouco tempo, um conhecido, um colega, um amigo pouco chegado.

De um momento para o outro, por causa de uma conversa ou de uma atitude ou de um gesto, qualquer coisa faz click! dentro da nossa cabeça e parece que aquela pessoa esteve sempre ali...

Parece que aquela pessoa esteve connosco toda a nossa vida, parece que é a nossa melhor amiga, que nos conhece desde sempre e que sabe tudo sobre nós...

Não é estranho?! Não é uma coisa que não faz sentido nenhum?!

Isto aconteceu-me um destes dias...

Uma pessoa que eu conheço há alguns meses, que de um momento para o outro conseguiu accionar um click! dentro da minha cabeça, que mudou completamente a minha perspectiva sobre essa pessoa.

Enquanto dantes apenas a via como mais uma pessoa conhecida, no meio de tantas outras pessoas que eu conheço, agora, depois do click! não posso deixar de notar as coisas que temos em comum e a maneira como essa pessoa já me conhece, assim como também eu já a conheço um bocadinho a ela.

É claro que inconscientemente eu já sabia de todas estas coisas antes, mas só depois do click! é que realmente me apercebi delas...


Só tenho pena que o interruptor não esteja do lado de fora da cabeça, de maneira a podermos ser nós a ligá-lo e a desligá-lo quando quiséssemos.

Naquelas alturas em que tudo nos corre mal, em que nem sequer queremos pensar em nada, em que o que precisamos mesmo é de "esvaziar" a cabeça de todo o tipo de pensamentos e de ideias e de sentimentos... click!... e já estava!

Podíamos descansar enquanto precisássemos e só voltar a ligar o interruptor depois de termos retomado a energia suficiente para voltar a funcionar de uma forma normal.

Assim como naquelas alturas em que sabemos que qualquer coisa nos está a escapar mas não conseguimos perceber o que é, e por mais voltas que se dê à cabeça, não conseguimos sair do sítio... click!... só tínhamos que ligar o interruptor, para tudo voltar a funcionar, para tudo voltar a fazer sentido novamente.

E para nos apercebermos da importância das pessoas que estão à nossa volta...

... click! ...

Pensamento da Semana


Ninguém deve cometer a mesma tolice duas vezes.
A possibilidade de escolha é muito grande.

Jean-Paul Sartre

domingo, julho 23, 2006

Pensamento da Semana


O António, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.

Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).

Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).

Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.

Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.

Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes.

Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...

Anónimo

domingo, julho 16, 2006

Pensamento da Semana


De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas; tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto.
Mas a natureza humana não é muito paciente.
Temos pressa em tudo e aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo.
Mas alguém poderia dizer: Qual é esse tempo certo?
Bom, basta observar os sinais.
Quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano enviarão sinais indicando o caminho certo.
Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer.
Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa.

Paulo Coelho

Esculturas Realistas










domingo, julho 09, 2006

Pensamento da Semana


Escreve.
Seja uma carta, um diário ou umas notas enquanto falas ao telefone, mas escreve.
Procura desnudar a tua alma por escrito, ainda que ninguém leia; ou, o que é pior, que alguém acabe lendo o que não querias.
O simples acto de escrever ajuda-nos a organizar o pensamento e a ver com mais clareza o que nos rodeia.
Um papel e uma caneta fazem milagres, curam dores, consolidam sonhos, levam e trazem a esperança perdida.
As palavras têm poder.

Paulo Coelho

domingo, julho 02, 2006

Pensamento da Semana


Para todas as mulheres com mais de 30 anos... e para aquelas que têm medo de entrar nos 30... e para os homens que têm medo ou que não sabem lidar com mulheres com mais de 30!


À medida que vou envelhecendo, valorizo cada vez mais as mulheres com mais de 30 anos.
Estas são apenas algumas das razões porque o faço:

Uma mulher com mais de 30 nunca te acordará a meio da noite para perguntar "Em que é que estás a pensar?".
Ela não se importa com o que tu pensas.

Se uma mulher com mais de 30 não quer ver o jogo de futebol, não se senta a teu lado a lamentar-se.
Ela faz alguma coisa que queira fazer. E, geralmente, é algo mais interessante.

Uma mulher com mais de 30 conhece-se suficientemente bem a si própria para estar certa de quem é, o que quer e de quem o quer.
Poucas mulheres com mais de 30 anos ligam alguma ao que tu possas estar a pensar sobre ela ou sobre o que ela está a fazer.

As mulheres acima dos 30 têm dignidade.
Raramente terão uma discussão aos gritos contigo na ópera ou no meio de um restaurante chique.
No entanto, claro, se tu mereceres, não hesitarão em dar-te um tiro.

As mulheres mais velhas são generosas nos elogios, muitas vezes não merecidos.
Elas sabem o que é não ser apreciado.

Uma mulher acima dos 30 tem segurança suficiente para te apresentar às amigas.
Uma mulher mais nova acompanhada de um homem ignora frequentemente até a melhor amiga porque não confia no homem perto de outra mulher.
Uma mulher com mais de 30 não se podia estar mais nas tintas se tu te vais sentir atraído pelas amigas dela, não porque confie em ti, mas porque sabe que elas não a trairão.

As mulheres tornam-se psíquicas à medida que envelhecem.
Nunca terás que confessar os teus pecados a uma mulher com mais de 30. Elas sabem sempre.

Uma mulher com mais de 30 fica bem a usar um batom vermelho brilhante.
O mesmo não se aplica às mulheres mais novas.

Depois de ultrapassares uma ou outra ruga, vais ver que uma mulher com mais de 30 é de longe mais sexy do que qualquer colega mais nova.

As mulheres mais velhas são correctas e honestas.
Dizem-te imediatamente que és um idiota se te estiveres a comportar como tal. Nunca tens que tentar adivinhar em que pé estão as coisas entre vocês.


Sim, nós elogiamos a mulher com mais de 30 por várias razões.

Infelizmente, não é recíproco.
Por cada bela, inteligente, segura e sexy mulher com mais de 30 anos, existe um careca, barrigudo, em calças amarelas a fazer figura de parvo com uma empregada de mesa de 22 anos...


Andy Rooney, apresentador do programa da CBS "60 MINUTES"

domingo, junho 18, 2006

Pensamento da Semana


"Numa relação de amor, nenhum dos parceiros deveria sentir que tem que abrir mão de uma parte essencial de si mesmo, para torná-la viável."

Mary Sarton

domingo, junho 11, 2006

Pensamento da Semana


"Muitas pessoas são bastante educadas para não falar com a boca cheia, porém não se preocupam em fazê-lo com a cabeça oca."

Orson Welles

domingo, maio 28, 2006

Pensamento da Semana


A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro?
Não basta termos para pagar o aluguer, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor?
Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando.
Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinónimo de felicidade.
Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum.
Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção.

Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo.
Não perder tempo juntando, juntando, juntando.
Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado.
E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.

Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.
Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prémio.
Não sejamos vítimas ingénuas desta tal competitividade.
Se a meta está alta demais, reduza-a.
Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo.
Faça o que for necessário para ser feliz.
Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.
Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração.
Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

Mário Quintana

domingo, maio 21, 2006

Pensamento da Semana


"Não importa quão belo e fascinante seja, um problema tem que ser eliminado. Um problema é um problema; pode ser um vaso de porcelana muito raro, um lindo amor que já não faz mais sentido, um caminho que precisa ser abandonado - mas que insistimos em percorrê-lo porque nos traz conforto. Só existe uma maneira de lidar com um problema: atacando-o de frente. Nestas horas, não se pode ter piedade nem ser tentado pelo lado fascinante que qualquer conflito carrega consigo."

Paulo Coelho

sábado, maio 20, 2006

O dia-a-dia da selecção de todos os portugueses no estágio que vai anteceder o Mundial que se avizinha


8:00 horas – Alvorada;
8:30 h – Nuno Gomes começa a secar o cabelo;
8:35 h – Nuno Valente dá entrada no departamento médico, após alegadamente ter sido vítima de uma entrada violenta do seu colega de quarto, Petit, enquanto dormia;
9:00 h – Pequeno-almoço;
9:01 h – Nuno Gomes começa a chegar gel ao cabelo;
9:10 h – Figo levanta-se;
9:11 h – Cristiano Ronaldo dá entrada no hotel após uma noitada bem passada;
9:12 h – Ricardo Costa grita bem alto: "Como é possível eu estar aqui?", e abraça-se, eufórico, à pessoa mais próxima;
9:13 h – Ricardo é sodomizado por um empregado do hotel após este ter ficado excitado com a sua voz sexy;
9:14 h – Miguel agride de forma selvática os jornalistas que o tentavam fotografar enquanto comia;
9:15 h – Costinha consegue finalmente ter capacidade físico-motora para se erguer da cama; 9:16 h – Maniche pesa-se e atira a balança com força contra a parede, depois de perceber que continua a pesar mais do que o Fernando Mendes;
9:20 h – Chegam ao hotel os dois camiões de queijos açorianos encomendados por Pauleta;
9:30 h – Nuno Gomes acaba de chegar o gel ao cabelo e dirige-se para a sala de maquilhagem;
9:45 h – Scolari acorda;
10:00 h – Deco inicia o seu tratamento contra as borbulhas;
10:01 h – Simão chora, queixando-se de que Hélder Postiga lhe terá comido o pão com manteiga;
10:02 h – Caneira dá entrada no departamento médico, após ter sido vítima de uma entrada dura de Petit durante o pequeno-almoço;
10:03 h – O massagista da selecção dá entrada no departamento médico, após ter sido vítima de uma entrada dura de Petit durante o pequeno-almoço;
10:10 h – Quim agride um empregado de mesa, depois de este lhe ter dito que era holandês;
10:30 h – Início do treino;
10:45 h – Figo e Cristiano Ronaldo entram no estúdio para gravarem um spot publicitário para um banco;
10:50 h – Nuno Gomes está finalmente pronto para entrar no treino;
11:00 h – Costinha inicia o pequeno-almoço;
11:01 h – Treino interrompido para prestar assistência médica a Luís Boa Morte, que foi vítima de uma entrada dura de Petit;
11:03 h – Ricardo é sodomizado por um adepto local após este ter ficado excitado com a sua voz sexy;
12:00 h - Treino interrompido para prestar assistência médica a Bruno Vale, que foi vítima de uma entrada dura de Petit;
12:30 h – Fim do treino;
12:31 h – Costinha está pronto a iniciar o treino;
12:32 h - Miguel agride de forma selvática os jornalistas que o tentavam fotografar à entrada para os balneários;
12:36 h – Banho;
12:40 h – Simão chora copiosamente porque Tiago não lhe emprestou o champô;
13:00 h – Almoço;
13:05 h - Ricardo Costa grita bem alto: "Como é possível eu estar aqui?", e abraça-se, eufórico, à pessoa mais próxima;
13:35 h – Figo e Cristiano Ronaldo juntam-se aos seus companheiros;
13:40 h – Scolari levanta-se da cama pronto a iniciar mais um dia de extenuante trabalho;
13:50 h - O cozinheiro do hotel dá entrada no departamento médico, após ter sido vítima de uma entrada dura de Petit na casa-de-banho;
14:00 h – Costinha chega, visivelmente cansado, ao local onde decorre o almoço;
15:00 h - Ricardo Costa grita bem alto: "Como é possível eu estar aqui?", e abraça-se, eufórico, à pessoa mais próxima;
16:00 h – Rodada de "Sueca";
16:05 h – Simão chora copiosamente porque não o deixaram ganhar;
16:10 h – Costinha dá entrada no departamento médico, após ter-se lesionado com a caneta enquanto apontava os resultados da "Sueca";
16:20 h – Gilberto Madaíl dá entrada no departamento médico, após ter sido vítima de uma entrada dura de Petit durante o jogo de cartas;
16:30 h – Scolari reúne-se com a sua equipa técnica para delinear a estratégia para o primeiro jogo do Mundial;
16:31 h – Dani, ex-jogador do Sporting e do Benfica, dá entrada no hotel para dar um abraço de apoio aos seus compatriotas;
16:32 h – Scolari inicia um jogo de Monopoly com a sua equipa técnica. A regra é bem simples: quem ganhar tem direito a escolher um jogador para o onze português que vai iniciar o Mundial;
16:33 h – Dani é apanhado na cama com uma das empregadas do hotel;
17:00 h – Inicia-se o treino da tarde;
17:01 h – Dão entrada no hotel as prostitutas alemãs e ucranianas encomendadas por Gilberto Madaíl;
17:02 h – A equipa médica nacional é chamada a assistir um adepto local, que foi vítima de uma entrada dura de Petit durante o treino;
17:05 h – Figo e Cristiano Ronaldo iniciam as filmagens de um anúncio publicitário para uma bebida gaseificada;
17:10 h – Simão chora copiosamente porque Hugo Viana não lhe passou a bola;
17:30 h – O assessor de imprensa dá entrada no departamento médico, após ter sido vítima de uma entrada dura de Petit durante o treino;
17:31 h – O médico da selecção nacional é assistido pela restante equipa médica depois de ter sido vítima de uma entrada dura de Petit enquanto prestava assistência médica ao Assessor de Imprensa;
17:32 h - Treino interrompido para prestar assistência médica a Paulo Ferreira, que foi vítima de uma entrada dura de Petit;
19:00 h – Fim do treino;
19:01 h – Dani junta-se ao rodízio de ucranianas e alemãs a decorrer no quarto de Gilberto Madaíl;
20:00 h – Depois de uma extenuante tarde de Monopoly, estão já escolhidos dez dos jogadores que vão alinhar de início no primeiro jogo do Mundial;
20:25 h – Dani e Gilberto Madaíl vão alternando no rodízio: ora Dani penetra as alemãs e Madaíl as ucranianas; ora Madaíl é penetrado por Dani e as ucranianas e alemãs assistem deliciadas;
20:26 h – Ricardo é sodomizado pelo relações públicas do hotel após este ter ficado excitado com a sua voz sexy;
20:30 h – Início do jantar;
20:31 h – Costinha dá entrada no departamento médico, após ter-se lesionado com o garfo enquanto comia;
20:32 h – Scolari vence o 11º jogo de Monopoly e tem por isso direito a escolher o último jogador do onze inicial; o brasileiro escolhe, eufórico, Quaresma; quando os seus adjuntos lhe dizem que Quaresma não pode ser escolhido porque não foi convocado, o treinador brasileiro perde as estribeiras e grita: "pôxa vida, cara! É sempre assim: quando eu ganho nunca há o prémio que eu quero. Vocês, portugas, não sabem perder, cara!";
20:36 h – As prostitutas alemãs e ucranianas abandonam o quarto de Madaíl, mas, lá dentro, o rodízio continua;
20:40 h – O roupeiro da selecção dá entrada no departamento médico, após ter sido vítima de uma entrada dura de Petit durante o jantar;
20:45 h - Ricardo Costa grita bem alto: "Como é possível eu estar aqui?", e abraça-se, eufórico, à pessoa mais próxima;
21:00 h – Bilharada no salão de jogos do hotel;
21:10 h – Simão chora porque Deco ficou com o taco maior e mais brilhante;
21:30 h – Pauleta acaba de comer o seu 37º queijo açoriano de sobremesa;
22:00 h – Scolari diz estar extenuado e recolhe aos seus aposentos;
23:00 h – É dada ordem de recolher aos quartos;
23:05 h – Simão chora porque queria ficar com a cama do lado esquerdo do quarto;
00:00 h – Cristiano Ronaldo está pronto para sair;
00:02 h – Costinha acorda o departamento médico da selecção para ser assistido após ter-se lesionado ao mudar de posição enquanto dormia;
00:30 h – Merche Romero chega à entrada do Hotel e buzina bem alto;
00:31 h – Cristiano Ronaldo ouve a buzina e sai;
01:00 h - Ricardo Costa grita bem alto durante o sono: "Como é possível eu estar aqui?", e abraça-se, eufórico, à pessoa mais próxima;
02:00 h – Dani abandona o quarto de Gilberto Madaíl completamente extenuado;
02:01 h – Dani é apanhado na cama com a auxiliar de limpeza do hotel;
07:59 h – Merche Romero deixa Cristiano Ronaldo na entrada do hotel;
08:00 h – Alvorada.

;)

domingo, maio 14, 2006

Pensamento da Semana


"Na vida, primeiro o homem aprende a andar e a falar; mais tarde, aprende a sentar-se tranquilo e a manter a boca fechada."

Marcel Pagnol

domingo, maio 07, 2006

Pensamento da Semana


"Na nossa civilização, os homens têm medo de não serem considerados homens o suficiente e as mulheres têm medo de serem consideradas apenas mulheres."

Theodor Reik

domingo, abril 23, 2006

Pensamento da Semana


A vida é dura: os homens não gostarão de você se você não for bonita e as mulheres não gostarão de você se você for.

Agatha Christie

They say we're young and we don't know
We won't find out until we're grown
Well I don't know if all that's true'
Cause you got me, and baby I got you

Babe
I got you babe
I got you babe

They say our love won't pay the rent
Before it's earned,
Our money's all been spent
I guess that's so, we don't have a pot
But at least I'm sure
Of all the things we got

Babe
I got you babe
I got you babe

I got flowers in the spring
I got you to wear my ring
And when I'm sad, you're a clown
And if I get scared, you're always around

Don't let them say your hair's too long'
Cause I don't care,
With you I can't go wrong
Then put your little hand in mine
There ain't no hill or mountain
We can't climb

Babe
I got you babe
I got you babe

I got you to hold my hand
I got you to understand
I got you to walk with me
I got you to talk with me
I got you to kiss goodnight
I got you to hold me tight
I got you, I won't let go
I got you to love me so
I got you babe
I got you babe
I got you babe
I got you babe

(I Got You Babe - Sonny & Cher)

domingo, abril 16, 2006

Pensamento da Semana


O ciúme é irracional: alimenta-se do seu próprio sofrimento e é como se só conseguisse saciar-se e acalmar-se quando tudo o que de pior imaginou se torna real e nítido e visível.
O ciúme é uma dúvida doentia que cresce como um cancro e a que só a certeza de já não haver lugar a dúvidas pode trazer, pelo menos, o bálsamo de pôr fim a essa angústia, a esse enxovalho de viver permanentemente à procura dos sinais da traição.
Quanto mais chocante for a evidência, quanto mais real for o real da traição, mais o ciúme se sente recompensado, redimido, quase digno de respeito.

Miguel Sousa Tavares, in Equador

segunda-feira, abril 03, 2006

sábado, abril 01, 2006


Raindrops keep fallin' on my head
And just like the guy whose feet are too big for his bed
Nothin' seems to fit
Those raindrops are fallin' on my head, they keep fallin'


So I just did me some talkin' to the sun
And I said I didn't like the way he got things done
Sleepin' on the job
Those raindrops are fallin' on my head, they keep fallin'

But there's one thing I know
The blues they send to meet me won't defeat me
It won't be long till happiness steps up to greet me

Raindrops keep fallin' on my head
But that doesn't mean my eyes will soon be turnin' red
Cryin's not for me
'Cause I'm never gonna stop the rain by complainin'
Because I'm free
Nothin's worryin' me

------ trumpet ------

It won't be long till happiness steps up to greet me

Raindrops keep fallin' on my head
But that doesn't mean my eyes will soon be turnin' red
Cryin's not for me
'Cause I'm never gonna stop the rain by complainin'
Because I'm free
Nothin's worryin' me


(B. J. Thomas - Raindrops Keep Falling On My Head)

domingo, março 26, 2006

sábado, março 25, 2006


I want you to know that I'm happy for you
I wish nothing but the best for you both
An older version of me
Is she perverted like me
Would she go down on your in a theater
Does she speak eloquently?
And would she have your baby
I'm sure she'd make a really excellent mother


'Cause the love that you gave that we made
wasn't able to make it enough for you to be open wide, no
And every time you speak her name
Does she know how you told me you'd hold me
Until you died, 'til you died
But you're still alive


And I'm here to remind you
Of the mess you left when you went away
It's not fair to deny me
Of the cross I bear that you gave to me
You, you, you oughta know


You seem very well, things look peaceful
I'm not quite as well, I thought you should know
Did you forget about me Mr. Duplicity
I hate to but you in the middle of dinner
It was a slap in the face how quickly I was replaced
Are you thinking of me when you fuck her


'Cause the love that you gave that we made
wasn't able to make it enough for you to be open wide, no
And every time you speak her name
Does she know how you told me you'd hold me
Until you died, 'til you died
But you're sill alive


And I'm here to remind you
Of the mess you left when you went away
It's not fair to deny me
Of the cross I bear that you gave to me
You, you, you oughta know


'Cause the joke that you laid in the bed that was me
And I'm not gonna fade
As soon as you close your eyes and you know it
And every time I scratch my nails down someone else's back
I hope you feel it...well can you feel it


(Alanis Morissette - You Oughta Know)