domingo, outubro 22, 2006

Lei da Rotatividade


Eu tento não me afeiçoar demasiado às pessoas. Porque elas entram na nossa vida, fazem parte dela e depois desaparecem...

Conhecemos alguém, começamos a ter contacto com essa pessoa, a conhecer essa pessoa. Ela passa a fazer parte do nosso dia a dia.

Começa por ser apenas um conhecido, um colega... depois passa a ser um amigo, alguém que está lá para nós e que nos faz companhia...
E nós afeiçoamo-nos a essa pessoa. Gostamos dela, da companhia dela, habituamo-nos a ela....

E eis senão quando ela desaparece... E todas elas desaparecem!

Deve haver um qualquer sistema de rotatividade entre os conhecidos e amigos, porque estamos sempre a fazer novos amigos e a "deixar" amigos antigos.
E todos nós fazemos isso. É tipo uma lei da Natureza.

Mas por um lado esta rotatividade é óptima!
Pessoas novas, com mentes frescas, que não conhecem os pressupostos pelos quais nós nos regemos a nós próprios.
Pessoas que não conhecem os nossos problemas e não os vivem connosco e que, por isso, nos conseguem fazer esquecê-los, nos conseguem fazer relaxar, esvaziar a cabeça e encarar as coisas de outra maneira.

E estas pessoas fazem-nos tão bem que nós nos afeiçoamos a elas. E depois, quando chega a altura de irem embora... não é fácil!

Mas nós sabemos que, pela "Lei da Rotatividade", novas pessoas virão. Novos conhecidos, novos amigos, novas mentes frescas, que nos farão esquecer as anteriores...

Mas enquanto não chegam, restam-nos as saudades dos que estão de saída... resta-nos agradecer o tempo em que foram nossos amigos... resta-nos desejar que encontrem novos amigos, bons amigos...

Por isso, é que eu tento não me afeiçoar demasiado às pessoas. Porque elas entram na nossa vida, fazem parte dela e depois desaparecem...

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