quinta-feira, julho 19, 2012

"A vida não é aquilo que vivemos; é aquilo que imaginamos viver."

in Comboio Nocturno para Lisboa, by Pascal Mercier
"Ninguém está destinado a uma outra pessoa. Não só porque não existe um destino, nem ninguém capaz de manipular as vidas a esse nível. Não: acima de tudo porque entre as pessoas não existe nenhuma obrigatoriedade que possa transcender as necessidades casuais e o poder dominador do hábito."

in Comboio Nocturno para Lisboa, by Pascal Mercier
"Na intimidade estamos entrelaçados um no outro, e os laços invisíveis são como correntes libertadoras. Esse entrelaçamento é imperioso: exige exclusividade. Partilhar é atraiçoar. Mas nós não gostamos, amamos, tocamos apenas uma única pessoa. O que fazer então? Gerir as várias formas de intimidade? Impor uma contabilidade pedante sobre os temas, palavras e gestos? Sobre o saber e os segredos comuns? Seria um veneno a pingar silenciosamente, gota a gota."

in Comboio Nocturno para Lisboa, by Pascal Mercier

segunda-feira, julho 16, 2012

Por vezes as palavras são apenas isso... palavras... Perdem a sua força quando não são suportadas por algo mais do que palavras...

domingo, julho 15, 2012

"Quando o tempo começa a escassear na vida de uma pessoa, as regras deixam de ter validade. E então tem-se a sensação de que perdemos o tino e estamos maduros para o manicómio. Mas no fundo é ao contrário: no manicómio deviam estar aqueles que não querem crer que o tempo escasseia. Aqueles que continuam a viver sempre da mesma maneira, como se nada tivesse acontecido."

in Comboio Nocturno para Lisboa, by Pascal Mercier
"A desilusão é considerada um mal. Que preconceito irreflectido. Através do quê, senão através da desilusão, poderíamos descobrir o que esperamos e o que desejamos? E onde encontrar um momento de autoconhecimento, senão precisamente nessa descoberta? E se as coisas se processam assim, então como é que poderíamos adquirir clareza sobre nós próprios sem a desilusão?
Não devíamos suportar a desilusão com suspiros de desânimo, como algo sem o qual a nossa vida seria melhor. Devíamos procurá-la, persegui-la, coleccioná-la. [...]
Alguém apostado em conhecer-se verdadeiramente teria de ser um coleccionador obcecado e fanático de desilusões, e a procura de experiências decepcionantes deveria ser para ele como um vício, na verdade como o vício dominante da sua vida, pois então ele compreenderia, com grande clareza, que a desilusão não é afinal o veneno ardente e destruidor por que é tomada, mas um bálsamo fresco e tranquilizante que nos abre os olhos para os verdadeiros contornos do nosso eu mais íntimo."

in Comboio Nocturno para Lisboa, by Pascal Mercier

sábado, julho 14, 2012

Ever Fallen in Love

You spurn my natural emotions
You make me feel like dirt and I'm hurt
And if I cause a commotion
I only end up losing you and that's worse

Ever fallen in love with someone
Ever fallen in love in love with someone
Ever fallen in love in love with someone
You shouldn't've fallen in love with 

I can't see much of a future
Unless we find out now just what's to blame
And we won't be together much longer
Unless we realize that we both the same that's what i'm saying

Ever fallen in love with someone
Ever fallen in love in love with someone
Ever fallen in love in love with someone
You shouldn't've fallen in love with 

You disturb my natural emotions
You make me feel like dirt and I'm hurt
And if I cause a commotion
I only end up losing you and that's worse my pride

Ever fallen in love with someone
Ever fallen in love in love with someone
Ever fallen in love in love with someone
You shouldn't've fallen in love with

Did you ever, fall in love, did you ever, fall in love, 
Did you ever, did you ever, did you ever,

Did you ever, ever fall in love, did you ever, ever fall in love, 
Did you ever, did you ever, did you ever........

by The Buzzcocks
"Quando abandonamos um sítio deixamos lá algo de nós próprios, permanecemos lá, apesar de partirmos. E há coisas em nós que só podemos recuperar se lá regressarmos. Aproximamo-nos portanto de nós, viajamos para dentro de nós próprios quando o matraquear monótono das rodas nos transporta em direcção a um sítio por onde percorremos uma etapa da nossa vida, por mais breve que esta tenha sido. Assim que colocamos pela segunda vez o pé na gare da estação estranha, ouvimos as vozes dos altifalantes, cheiramos os cheiros inconfundíveis, não chegamos apenas a um qualquer destino distante, mas atingimos a distância da própria interioridade, talvez num remoto canto do nosso eu, que quando estamos num outro sítio permanece oculto e completamente entregue à invisibilidade."

in Comboio Nocturno para Lisboa, by Pascal Mercier

sexta-feira, julho 13, 2012

Never Let Me Go

Looking up from underneath
Fractured moonlight on the sea
Reflections still look the same to me
As before I went under

And it's peaceful in the deep
Cathedral where you cannot breathe
No need to pray no need to speak
Now I am under all

And it's breaking over me
A thousand miles down to the sea bed
Found the place to rest my head
Never let me go
Never let me go

And the arms of the ocean are carrying me
And all this devotion was rushing out of me
In the crushes of heaven for a sinner like me
But the arms of the ocean delivered me

Though the pressures hard to take
It's the only way I can escape
It seems a heavy choice to make
And now I am under all

And it's breaking over me
A thousand miles down to the sea bed
Found the place to rest my head
Never let me go
Never let me go

And the arms of the ocean are carrying me
And all this devotion was rushing out of me
In the crushes of heaven for a sinner like me
But the arms of the ocean delivered me

And it's over
And I'm going under
But I'm not giving up
I'm just giving in

I'm slipping underneath
So cold and so sweet

And the arms of the ocean are carrying me
So sweet and so cold
And all this devotion I never knew at all
In the crushes of heaven for a sinner released
But the arms of the ocean delivered me
Never let me go
Never let me go
Deliver me
Never let me go
Never let me go
Deliver me
Never let me go
Never let me go
Deliver me
Never let me go
Never let me go

And it's over
And I'm going under
But I'm not giving up
I'm just giving in

I'm slipping underneath
So cold and so sweet

by Florence + the Machine

quinta-feira, julho 12, 2012

"As pessoas não suportam o silêncio, [...] isso implicaria que se suportassem a si próprias."

in Comboio Nocturno para Lisboa, by Pascal Mercier

"Se é verdade que apenas podemos viver uma pequena parte daquilo que em nós existe, então o que acontece ao resto?"

in Comboio Nocturno para Lisboa, by Pascal Mercier

domingo, julho 08, 2012

"Porque todo aquele que se apaixona está à procura da metade que lhe falta. Daí que todo e qualquer apaixonado se sinta triste ao pensar na pessoa amada. É como regressar passado muito tempo a um quarto onde se viveu bons momentos."

in Kafka à Beira-Mar, by Haruki Murakami

"Antigamente as pessoas não se limitavam a ser homens e mulheres, mas um dos três tipos: macho/macho, macho/fêmea ou fêmea/fêmea. Por outras palavras, cada pessoa continha em si os componentes das duas partes. Toda a gente vivia satisfeita com este estado de coisas e nem sequer pensavam muito nisso. Foi então que os deuses pegaram numa faca e cortaram cada um em dois. E assim, depois disso, o mundo ficou dividido em machos e fêmeas, e as pessoas passaram o resto da vida à procura da sua própria metade."

in Kafka à Beira-Mar, by Haruki Murakami